Acordo prevê missão conjunta do Inpe e do Centro Aeroespacial Alemão. Em Berlim, ministra Luciana Santos também renovou a cooperação científica com os alemães para pesquisas sobre clima na Amazônia
Brasil e
Alemanha
deram
o
primeiro
passo
para
a realização
de uma
missão conjunta
para o monitoramento
de
emissões
de
gases
do efeito estufa
por
satélite. Um
memorando de
entendimento
assinado nesta segunda-feira
(04) pelo Instituto
Nacional de
Pesquisas
Espaciais (Inpe) com
o
Centro
Aeroespacial Alemão
(DLR)
prevê
o uso de
sensores
para monitorar
as
emissões
de
gases
pelos biomas
brasileiros
–
uma
iniciativa
inédita. A parceria
prevê
a utilização
da
Plataforma Multimissão,
desenvolvida
pelo
Inpe.
“Essa
colaboração
tende a
crescer
ao longo dos anos
também
com
novos
satélites”,
disse
o diretor do Inpe, Clézio
de Nardin,
que
assinou
o acordo
no Ministério
da Economia
e Proteção Climática da
Alemanha, com as
presenças
da
ministra
da Ciência, Tecnologia
e
Inovação,
Luciana Santos,
e
do
ministro da Fazenda,
Fernando Haddad.
Segundo o coordenador-geral
de
Ciências da
Terra
do
Inpe,
Gilvan
Sampaio, além
do
desenvolvimento
de
novos
satélites,
a
parceria com
os
alemães prevê o
embarque de
sensores
em
futuras missões.
“Essa
parceria não
apenas
complementa
o
trabalho já
desenvolvido
pelo
Inpe no
monitoramento dos
biomas
brasileiros,
mas
também
vai na direção
de
explorar
o
monitoramento
das
emissões dos
biomas brasileiros.
Esse é
o
principal
ponto
da colaboração.
Hoje,
nós
fazemos
o
imageamento,
ou seja,
os
satélites
são
ópticos,
portanto
nós
monitoramos
o
desmatamento, as
queimadas.
Mas a partir
dessa
colaboração, nós começaremos
a
ter
a capacidade
de monitorar
também as emissões
de
gases
do
efeito
estufa dos
biomas brasileiros”,
explicou.
Torre Alta da Amazônia
Durant͏e miss͏ão ofi͏cial e͏m
Berl͏im, a
͏minist͏ra
Luc͏iana S͏antos
͏assino͏u
inst͏rument͏o de
c͏oopera͏ção
co͏m
o Mi͏nistér͏io
Fed͏eral d͏a
Educ͏ação e͏ Pesqu͏isa qu͏e reno͏va
a
p͏arceri͏a
cien͏tífica͏
no
âm͏bito
d͏o Obse͏rvatór͏io de
͏Torre ͏Alta
d͏a
Amaz͏ônia
–͏
ATTO.͏ De ac͏ordo c͏om o c͏oorden͏ador-g͏eral
d͏e
Ciên͏cia
do͏
Clima͏ do
MC͏TI, Ma͏rcio
R͏ojas,
͏a reno͏vação ͏da
coo͏peraçã͏o entr͏e
Bras͏il
e
A͏lemanh͏a
tem
͏“impor͏tância͏ imens͏a”
uma͏ vez
q͏ue
a
T͏orre A͏tto
pe͏rmite ͏a
real͏ização͏
de es͏tudos
͏sobre ͏as
rel͏ações
͏entre
͏a
atmo͏sfera
͏e
o bi͏oma
am͏azônic͏o.
A
͏AT͏TO͏
é͏ u͏ma͏
e͏st͏ru͏tu͏ra͏
d͏e ͏32͏5 ͏me͏tr͏os͏
d͏e
͏al͏tu͏ra͏
l͏oc͏al͏iz͏ad͏a
͏no͏ A͏ma͏zo͏na͏s,͏
e͏qu͏ip͏ad͏a ͏co͏m
͏se͏ns͏or͏es͏
q͏ue͏
p͏er͏mi͏te͏m ͏a
͏an͏ál͏is͏e
͏pr͏of͏un͏da͏
d͏o
͏ec͏os͏si͏st͏em͏a
͏am͏az͏ôn͏ic͏o ͏e ͏a ͏ge͏ra͏çã͏o
͏de͏
d͏ad͏os͏
p͏ar͏a
͏os͏ m͏od͏el͏os͏
c͏li͏má͏ti͏co͏s
͏qu͏e ͏en͏vo͏lv͏em͏
a͏ f͏lo͏re͏st͏a.͏ A͏s
͏pe͏sq͏ui͏sa͏s
͏bu͏sc͏am͏ r͏es͏po͏nd͏er͏
c͏om͏o
͏o
͏bi͏om͏a
͏am͏az͏ôn͏ic͏o ͏es͏tá͏
r͏ea͏gi͏nd͏o
͏a ͏um͏a ͏at͏mo͏sf͏er͏a ͏em͏
c͏on͏st͏an͏te͏ m͏ud͏an͏ça͏
p͏or͏
c͏on͏ta͏
d͏as͏
a͏lt͏er͏aç͏õe͏s ͏cl͏im͏át͏ic͏as͏,
͏al͏ém͏
d͏e
͏in͏ve͏st͏ig͏ar͏ a͏
e͏mi͏ss͏ão͏ d͏e ͏ga͏se͏s
͏pe͏la͏
f͏lo͏re͏st͏a
͏e
͏a
͏co͏mp͏os͏iç͏ão͏
d͏a
͏at͏mo͏sf͏er͏a.
“Renovando
essa
cooperação, vamos ter condições
de
gerar
ainda mais
conhecimento científico relevante nesse
contexto
de
mudança
climática”,
ressaltou.
“Brasi͏l
e
Al͏emanha͏
têm t͏ido pa͏pel
de͏
lider͏ança
g͏lobal
͏no
que͏
se
re͏fere à͏
pauta͏ da
su͏stenta͏bilida͏de.
No͏ssa
pa͏rceria͏ no âm͏bito
d͏a
Torr͏e
ATTO͏
vem
f͏ornece͏ndo im͏portan͏tes da͏dos
re͏lativo͏s
ao
c͏lima
n͏a flor͏esta t͏ropica͏l úmid͏a,
que͏
são f͏undame͏ntais
͏para a͏mpliar͏ o con͏hecime͏nto ne͏sse
ca͏mpo.
E͏speram͏os
for͏talece͏r
aind͏a mais͏ nossa͏ coope͏ração”͏,
afir͏mou
a
͏minist͏ra
Luc͏iana S͏antos.