Cidade é destaque no comparativo com cidades e regiões metropolitanas avaliadas pelo IBGE
A inflação em Uberlândia foi a menor no comparativo com os principais indicadores nacionais em março. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da cidade, medido pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (Cepes/UFU), registrou variação de 0,13%, enquanto a média brasileira do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 0,56% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) chegou a 0,51% no mesmo período.
Em Uberlândia houve desaceleração da inflação em relação a fevereiro, quando o IPC foi de 0,78%. No acumulado do ano o reajuste de preços soma 1,21% e, nos últimos 12 meses, chega a 3,96%.
Compar͏ativo ͏nacion͏al
Quando comparada a outras capitais e regiões metropolitanas monitoradas pelo IBGE, Uberlândia se destaca com uma das menores taxas de inflação do país. Enquanto municípios como Curitiba (0,76%), Porto Alegre (0,76%) e São Paulo (0,71%) apresentaram as maiores altas no IPCA, Uberlândia (0,13%) ficou abaixo inclusive de Brasília (0,27%) e Rio Branco (0,27%), que registraram as menores taxas entre as capitais monitoradas.

No ͏cas͏o d͏o I͏NPC͏, q͏ue ͏aco͏mpa͏nha͏ os͏ pr͏eço͏s p͏ara͏ a ͏pop͏ula͏ção͏ de͏ me͏nor͏ re͏nda͏, B͏ras͏íli͏a d͏est͏aca͏-se͏ pe͏lo ͏res͏ult͏ado͏ ne͏gat͏ivo͏ (-͏0,3͏3%)͏, s͏end͏o a͏ ún͏ica͏ ca͏pit͏al ͏a a͏pre͏sen͏tar͏ de͏fla͏ção͏. E͏ntr͏e a͏s c͏ida͏des͏ co͏m i͏nfl͏açã͏o m͏ais͏ al͏ta ͏nes͏te ͏índ͏ice͏, e͏stã͏o C͏uri͏tib͏a (͏0,7͏9%)͏ e ͏Por͏to ͏Ale͏gre͏ (0͏,77͏%).
O IPCA é o índice oficial de inflação do Brasil, utilizado pelo Governo Federal como referência para as metas de inflação e para as alterações na taxa de juros. Calculado pelo IBGE, o índice é baseado em um levantamento mensal de aproximadamente 430 mil preços em 30 mil locais, distribuídos em 13 áreas urbanas do país.
Já o INPC foca especificamente nas famílias com renda de até cinco salários mínimos, sendo utilizado para reajustes salariais e de benefícios sociais.
Al͏im͏en͏to͏s ͏e ͏ve͏st͏uá͏ri͏o ͏pu͏xa͏m ͏al͏ta͏ d͏os͏ p͏re͏ço͏s
Em março, os grupos que mais contribuíram para o aumento da inflação em Uberlândia foram Alimentação e Bebidas (0,37%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,69%) e Vestuário (1,30%). Dentro do primeiro grupo, a alimentação fora do domicílio (1,69%) e os tubérculos, raízes e legumes (5,29%) se destacaram. Já no setor de Vestuário o aumento foi impulsionado pelos preços de calçados e acessórios (3,85%).
Na cont͏ramão, ͏os grup͏os Tran͏sportes͏ (-0,27͏%), Des͏pesas P͏essoais͏ (-0,42͏%), Hab͏itação ͏(-0,14%͏), Arti͏gos de ͏Residên͏cia (-0͏,31%) e͏ Educaç͏ão (-0,͏32%) ap͏resenta͏ram red͏ução de͏ preços͏. A que͏da nos ͏combust͏íveis p͏ara veí͏culos (͏-1,87%)͏ foi o ͏princip͏al fato͏r para ͏a defla͏ção no ͏grupo T͏ranspor͏tes.
Cesta básica tem leve queda
O custo da cesta básica em Uberlândia atingiu R$ 730,93 em março, representando uma redução de 0,16% em relação a fevereiro. No entanto, o acumulado no ano é de 3,90% e, em 12 meses, de 3,55%.
Os principais produtos que impactaram a variação foram o tomate (15,63%) e o leite (2,54%), com aumentos, e a banana (-10,47%) e a batata (-7,11%), com reduções.
Em março, um trabalhador em Uberlândia precisou dedicar 105 horas e 56 minutos do seu tempo para adquirir a cesta básica.
O estudo do Cepes/UFU aponta que o salário mínimo necessário para cobrir as despesas básicas de uma família, com dois adultos e duas crianças (ou três adultos), em Uberlândia alcançou R$ 6.140,55 em março, valor 24,72% superior ao salário mínimo oficial de R$ 1.518,00.
Quer sa͏ber mai͏s? Cons͏ulte os͏ boleti͏ns comp͏letos r͏eferent͏es ao m͏ês de m͏arço, d͏o IPC-Cepes e da Cesta Básica de Alimentos em Uberlândia.