Apesa͏r do ͏movim͏ento ͏de cl͏iente͏s no ͏prime͏iro t͏rimes͏tre a͏baixo͏ dos ͏nívei͏s do ͏ano p͏assad͏o, se͏tor t͏eve c͏resci͏mento͏ de e͏mpreg͏os e ͏renda͏ médi͏a nos͏ últi͏mos 1͏2 mes͏es
O setor de alimentação fora do lar tem mostrado consistência na taxa de contratações. Nos últimos 12 meses o setor apresentou um aumento de 1,7% no número de pessoas empregadas, informou nesta terça-feira (30) o IBGE, por meio da PNAD Contínua. O crescimento se deu no item Alojamento e Alimentação, no qual a alimentação fora do lar representa 85% do volume de empregos, segundo a Abrasel.
Além disso, o rendimento médio real do setor apresentou um aumento de 2,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. A expansão no emprego, com quase 100 mil novas vagas geradas, se deu apesar da contração no volume de vendas, registrado pelo índice Abrasel-Stone: em março de 2024, o movimento ficou 2,3% abaixo do mesmo mês de 2023.
Considerando-se um prazo mais curto, o número de pessoas empregadas em bares e restaurantes teve uma queda de -0,5% no trimestre encerrado em março de 2024, em comparação com o último trimestre de 2023. No entanto, esse índice foi melhor que o índice geral, que registrou uma queda de -0,8%.
“Os números são coerentes com o momento mais difícil que se apresenta. Tivemos uma queda do movimento em relação ao mesmo período do ano passado, no geral. Fatores como a inflação e o endividamento alto da população prejudicam o poder de compra, o que nos afeta muito diretamente. Mesmo assim, continuamos a gerar empregos nos últimos 12 meses”, comenta Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel.
Segundo os dados da PNAD Contínua, o salário real do setor de alimentação fora do lar teve forte alta no trimestre de 4%, a terceira maior entre os setores analisados e acima do índice geral de 1,5%. Nos últimos 12 meses, o rendimento real mensal em bares e restaurantes registrou um aumento de 2,5%, chegando ao maior valor da história – R$͏ 2͏.0͏83͏, ͏se͏gu͏nd͏o ͏os͏ d͏ad͏os͏ d͏e ͏ma͏rç͏o.
“O aumento expressivo no salário médio real do setor, apesar da queda no movimento, se explica pelo desafio que temos de atrair e reter talentos, pois há dificuldade em encontrar profissionais. E isso acaba pressionando ainda mais as margens dos estabelecimentos”, completa Solmucci.