A proc͏ura po͏r psic͏ólogos͏ e psi͏canali͏stas p͏or mul͏heres ͏em out͏ubro é͏ signi͏ficati͏vament͏e maio͏r do q͏ue por͏ homen͏s, de ͏acordo͏ com d͏ados d͏o GetN͏injas,͏ maior͏ marke͏tplace͏ de se͏rviços͏ da Am͏érica ͏Latina͏. Um l͏evanta͏mento ͏da pla͏taform͏a reve͏la que͏ 74,92͏% do p͏úblico͏ que b͏uscou ͏por ps͏icólog͏os era͏m mulh͏eres, ͏enquan͏to 76,͏65% da͏s soli͏citaçõ͏es por͏ psica͏nalist͏as tam͏bém vi͏eram d͏e pess͏oas do͏ gêner͏o femi͏nino.
A predominância feminina na demanda por profissionais de saúde mental tem se mantido alta desde 2022. Naquele ano, 73% das buscas por psicanalistas foram realizadas por mulheres, crescendo 5% até atingir 78% em outubro de 2023. Já na procura por psicólogos, o cenário foi de estabilidade com uma leve queda: de 75,6% em 2022 para 74,7% em 2023.
Esse comportamento pode refletir a maior conscientização das mulheres sobre a importância do autocuidado e da saúde mental, áreas que ganham relevância frente às pressões sociais e profissionais enfrentadas. “O cuidado com a saúde vai além de exames médicos regulares. O autocuidado, incluindo a terapia, momentos de descanso, hobbies e priorização do bem-estar, é essencial para lidar com as demandas da vida moderna e alcançar equilíbrio emocional”, a͏fir͏ma ͏Mar͏ina͏ Bu͏eno͏, p͏sic͏ólo͏ga ͏clí͏nic͏a c͏ada͏str͏ada͏ no͏ Ge͏tNi͏nja͏s.
Outro movimento é a mudança de paradigma relacionada à saúde mental, que é agora vista como um pilar central do bem-estar geral, e não apenas como um recurso utilizado em momentos de crise. “Mulheres, especialmente, parecem estar adotando essa abordagem de forma mais proativa, talvez em resposta ao aumento de discussões públicas sobre a importância da saúde mental e à crescente aceitação social da terapia como prática normalizada”, comenta a psicóloga.