Entidade aconselha evitar excesso de exposição solar, mesmo com proteção, e procurar um médico em caso de manchas suspeitas
No mês em que a estação mais quente do ano começa no Brasil e o hábito de se expor ao sol aumenta, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) reforça a importância da campanha ‘Dezembro Laranja’, que se propõe a incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, há cerca de 704 mil novos casos de tumores no Brasil. A exposição prolongada à radiação ultravioleta (UVA) faz com que os tumores de pele sejam os mais frequentes no país, correspondendo a 30% das neoplasias malignas registradas.
Os melanomas são um tipo de câncer de pele que, apesar de serem menos frequentes, têm um potencial de malignidade dos mais severos e exigem maior atenção ao diagnóstico, além de demandarem tratamento intensificado. Já os chamados não melanoma são os tumores de pele mais comuns, que apresentam baixa letalidade. A faixa etária mais acometida é a de 50 a 69 anos, seguida pela de 70 anos ou mais.
A Dra. Adelina Sanches, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), afirma que o primeiro diagnóstico pode ser feito a olho nu: “De modo geral, para prevenção e detecção de neoplasias de pele, existem os parâmetros de assimetria, borda, cor e evolução. Ou seja, uma mancha passa a ser suspeita quando é assimétrica, com bordas irregulares, coloração mais escura em diferentes tons e apresentando crescimento rápido ou sangramento”.
Além disso, a Dra. Adelina destaca a medicina nuclear como uma aliada no diagnóstico e monitoramento dos tratamentos da doença, apontando várias técnicas que avaliam o grau de disseminação, ou identificam as metástases, bem como se as terapias aplicadas estão sendo efetivas. “O exame P͏ET-CT ras͏treia a d͏oença com͏ muita pr͏ecisão em͏ todo o c͏orpo e av͏alia a ev͏entual re͏dução da ͏doença ap͏ós terapi͏as revolu͏cionárias͏ como a i͏munoterap͏ia”. A Diretora da SBMN ainda reforça: “se antes, o melanoma matava pessoas em um horizonte temporal de cerca de seis meses, agora, as especialidades (dermatologia, cirurgia oncológica, oncologia e medicina nuclear) unem esforços para que o paciente viva muitos e muitos anos”
Por fim, a Dra. Adelina reforça que o câncer de pele possui cura, mas são necessárias medidas para preveni-lo: “Utilizar, diariamente, o protetor solar, com fator de proteção (FPS) 30 ou superior é um fator essencial. Ele deve ser reaplicado a cada três horas, ou mais vezes, se você estiver se molhando ou transpirando. Usar roupas protetoras, como chapéus, óculos escuros e camisetas de manga comprida e evitar exposição prolongada ao sol, especialmente entre as 10h e às 16h, quando a radiação ultravioleta é mais intensa”. A diretora da SBMN finaliza mandando uma mensagem de suma importância: “Hoje o câncer de pele tem cura, portanto, se desconfiar de alguma mancha, procure um médico imediatamente”.
Sobre a SBMN
Fund͏ada ͏em 1͏4 de͏ set͏embr͏o de͏ 196͏1, a͏ Soc͏ieda͏de B͏rasi͏leir͏a de͏ Med͏icin͏a Nu͏clea͏r (S͏BMN)͏ tem͏ o o͏bjet͏ivo ͏de i͏nteg͏rar,͏ pro͏move͏r e ͏esti͏mula͏r o ͏prog͏ress͏o da͏ Med͏icin͏a Nu͏clea͏r no͏ Bra͏sil.͏ Con͏stit͏uída͏ por͏ méd͏icos͏ esp͏ecia͏list͏as e͏ out͏ros ͏prof͏issi͏onai͏s de͏ áre͏as c͏orre͏lata͏s, c͏omo ͏tecn͏ólog͏os, ͏biól͏ogos͏, fí͏sico͏s e ͏quím͏icos͏, a ͏Soci͏edad͏e te͏m a ͏miss͏ão d͏e tr͏azer͏ ino͏vaçã͏o, c͏onqu͏ista͏ e a͏perf͏eiço͏amen͏to d͏a ár͏ea p͏ara ͏a sa͏úde ͏bras͏ilei͏ra, ͏torn͏ando͏-se ͏refe͏rênc͏ia n͏acio͏nal ͏e in͏tern͏acio͏nal ͏na r͏epre͏sent͏ativ͏idad͏e da͏ Med͏icin͏a Nu͏clea͏r.