Jane Maria dos Santos Reis, mulher preta e coordenadora da Divisão de Licenciaturas e Formação Docente, da Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal de Uberlândia (Dlifo/Prograd/UFU), foi uma das 100 pessoas selecionadas em território nacional para compor o grupo que participa da 2ª Edição do Programa Ubuntu – Desenvolvendo Lideranças Negras e Indígenas no Setor Público. O programa, instituído pelo Vetor Brasil em 2021, visa expandir e solidificar a presença de líderes negros em posições de poder e influência no governo nacional, além de impulsionar a capacidade do desenvolvimento de ações antirracistas em seus órgãos.
“A luta antirracista, a defesa da educação antirracista, para mim, é um propósito não apenas profissional, mas de vida; por eu ser uma mulher preta. E é um marco, tanto por estar representando essa instituição e o seu compromisso com as questões antirracistas, mas também pela minha luta por representatividade”, comentou Reis, ao ser questionada sobre a importância da sua participação no Ubuntu.
A servidora, que realiza as atividades e os conteúdos ofertados pelo projeto, desde maio deste ano, viaja nesta sexta-feira (27) para a imersão dos participantes em Recife. Na capital de Pernambuco, irá apresentar sua proposta de intervenção, intitulada “Representatividade e promoção de equidade racial no setor público: manual de orientação para a implementação de cotas raciais.”
O objetivo da imersão, conta ela, é proporcionar um momento de troca entre o grupo que, até então, só compartilha vivências virtuais. O encontro conta uma programação que abrange a exposição dos trabalhos, passeios culturais, espaço para troca de experiências, grupos de samba e dança, entre outras atividades.
O Ubuntu é gratuito e on-lin͏e, com duração de seis meses, e oferta atividades por meio de materiais ao vivo e gravados, que incluem: 100 horas de formação; 9 horas de mentoria coletiva; 9 horas de tutoria para projetos de intervenção e três dias de imersão cultural. O programa aperfeiçoa competências socioemocionais e de gestão de pessoas, além de unir os participantes a uma rede de gestores públicos dedicados a solidificar e somar as lideranças negras e indígenas na sociedade.
Comunica UFU