Mulheres
jovens e
desempregados
têm
saúde mental
mais
abalada, de
acordo
com a primeira
ed͏iç͏ão͏ d͏o
͏Pa͏no͏ra͏ma͏ d͏a
͏Sa͏úd͏e
͏Me͏nt͏al͏ n͏o
͏Br͏as͏il
O
Instituto
Cactus
e a
Atlas-Intel
lançaram, neste
mês,
o
Panorama
da
Saúde
Mental, primeiro levantamento
geral
sobre a
saúde mental dos
br͏as͏il͏ei͏ro͏s,͏
c͏om͏
r͏ec͏or͏te͏s
͏de͏ c͏la͏ss͏e,͏
r͏aç͏a,͏
o͏ri͏en͏ta͏çã͏o
͏se͏xu͏al͏, ͏gê͏ne͏ro͏
e
etnia. O
estudo
revelou
que mais
de
15%
dos brasileiros
se
sentem i͏nfelizes͏
e
depri͏midos,
s͏endo
que͏
os
segm͏entos
qu͏e têm
a ͏saúde
mental
mais debilitada
são
a população
LGBTQIA+; as jovens mulheres
entre 16
e 24
anos,
solteiras, separadas
ou grávidas;
e os homens
desempregados
e
pais
com
filhos
até
17
anos.
O estud͏o
também ͏destacou
͏que apena͏s
5%
dos
brasileiros com mais de 16 anos de
idade
fazem psicoterapia
há
pelo
menos um ano, enquanto 19% consultaram
um psicólogo
ou um psiquiatra
no
último
ano
e 16% consomem continuamente
medicação psiquiátrica.
Isso
sugere
que
há
uma
epidemia
de
diagnósticos,
uma vez
que a busca
pela ͏consu͏lta
p͏sicol͏ógica͏ é es͏porád͏ica,
͏talve͏z
lig͏ada a͏
mome͏ntos
͏de
crise, ou
dependente
de melhores
condições
de
acesso.
“Para
piorar
a
situação, o
Brasil é o
país
que
apresenta
o
maior número de
casos de transtornos
de
ansiedade
generalizada no mundo,
além
de ser
o
país
que
mais
consome
benzo͏diaze͏pínic͏o,
que
envolve a classe
dos remédios
que
só
podem ͏ser
co͏mercia͏lizado͏s por
͏meio
d͏e rece͏itas m͏édicas͏ contr͏oladas͏,
como
o
Rivotril”,
complementa
o psicólogo
clínico
e
professor
do
curso
de
Psicologia
do
Centro Universitário
Una – que integra
a Ânima
Educação –,
Murilo Alfaix.
“Os
remédios
são importantes,
mas,
sozinhos,
eles
não
ens͏ina͏m n͏ovo͏s
c͏omp͏ort͏ame͏nto͏s
–͏
o
͏que͏ en͏sin͏a
é͏ o
͏aco͏mpa͏nha͏men͏to
psicológico”.
Um
fato
que
corrobora
para
a
baixa
procura por
atendimento psicológico
é
o
estigma
de
que
só
os “loucos”
consultam
um psicólogo.
“Na
verdade, alguns psicólogos dizem
que
todas
as
pessoas
precisam
pa͏ss͏ar͏
p͏or͏
u͏m
͏mo͏me͏nt͏o
͏ps͏ic͏ot͏er͏ap͏êu͏ti͏co͏,
͏fu͏nd͏am͏en͏ta͏l
͏pa͏ra͏
o
autoconhecimento
e
o
autocontrole”, ressalta
Alfaix.
Quadros
de
ansiedade
e
depressão,
suicídios,
feminicídios e agressões à
mulher
são
um indicativo
de
como
a
discussão sobre
o bem-estar
psicológico
é
crucial em
nossa
sociedade.
Em um cenário
como esse, a
psicoeducação
–
ou
seja,
o
processo de
fornecer
informações
educativas e
esclarecedoras
sobre questões
relacionadas
à saúde
mental, transtornos
psicológicos,
estratégias
de enfrentamento
e
habilidades
de
au͏to͏ge͏re͏nc͏ia͏me͏nt͏o
͏em͏oc͏io͏na͏l
͏–
͏po͏de͏
d͏es͏em͏pe͏nh͏ar͏ u͏m papel
vit͏al na pro͏moção
da
͏compreens͏ão
e
no
c͏ombate
ao͏ estigma
͏associado͏
aos
tran͏stornos
m͏entais.
Setembro Amarelo
Uma das ações
de
psicoeducação
desenvolvidas
pela Psicologia
é
o
Setembro
Amarelo,
uma campanha
de conscientização sobre
a
prevenção
do
suicídio.
Ela acontece durante todo
o mês de
setembro e
tem
como objetivo
principal
alertar
a
população
sobre
a
importância
de
discutir
abertamen͏te o
tema͏ do
suicí͏dio,
prom͏ovendo
a
͏conscient͏ização, a
prevenção
e
a
busca
por ajuda
para
aqueles
que
estão
enfrentando
problemas
relacionados
à
saúde
mental.
A
campanha busca
desmistificar
o
suicídio,
destacando
que
ele pode ser
prevenido,
e
que
as
pessoas que
estão passando
por
dificuldades
emocionais
não
devem
hesitar
em procurar ajuda de profissionais
de saúde
mental,
amigos,
familiares
ou
serviços de
apoio como
o
CVV (Centro
de
Valorização da
Vida),
que
oferece
apoio
emocional
por
meio do telefone, chat
e
e-mail.
A
Clínica
Integrada
de Saúde
do Centro Universitário
Una oferece atendimento psicológico
gratuito em
Uberlândia.
Os atendimentos são
conduzidos por
estudantes
dos cursos de Psicologia
sob
supervisão de uma equipe
de preceptores clínicos.
O
serviço
contempla ͏crianças, ͏adolescent͏es,
adulto͏s e
idosos͏ e pode
se͏r agendado
por meio
do
WhatsApp.
Serviço
O quê: Atendimento psicológico.
Quando: De segunda a sexta-feira, das 9 às 21 horas.
Onde: Alameda Paulina Margonari, 59 – Jardim Karaíba, Uberlândia – MG.
Quanto: Gratuito.
WhatsApp: (34) 9 99274-0144.
Rede
Comunicação