A Orga͏nizaçã͏o Pan-͏Americ͏ana de͏ Saúde͏ (OPAS͏) esti͏ma que͏, apro͏ximada͏mente,͏ um bi͏lhão d͏e pess͏oas sã͏o infe͏ctadas͏ pelo ͏vírus ͏da inf͏luenza͏ todos͏ os an͏os
Apesar de ser uma doença comum, a gripe pode levar a sérias complicações e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), mais de 3,5 milhões de pessoas desenvolvem alguma forma grave por ano. Com isso, a vacinação segue sendo a melhor forma de evitar essa condição e, com o aumento da circulação do vírus da influenza, o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo que pode tomar a vacina para qualquer pessoa com mais de 6 meses.
Por ser uma doença contagiosa e aguda causada pelo vírus Influenza, que possui vários subtipos e estão em constante mutação, e pela possibilidade de que a mesma pessoa fique gripada várias vezes ao longo da vida, é fundamental manter o quadro de vacinação atualizado. Dependendo do estado do sistema imunológico da pessoa (forte ou fraco) e da agressividade do vírus, a gripe pode evoluir para bronquite, pneumonia e até mesmo levar à morte. Crianças, pessoas com doenças crônicas e idosos têm mais chances de desenvolver esses quadros graves e, por isso, são considerados grupo de risco.
Entretanto, a maioria dos casos não costuma ter complicações sérias e tende a melhorar em até 10 dias após o início dos sintomas, que incluem: febre acima de 38° graus, calafrios, tosse seca, dor de cabeça, dor de garganta, dor muscular, congestão nasal, coriza, cansaço e mal-estar generalizado. “Não existe um medicamento específico para acabar com a gripe, normalmente o tratamento é feito de forma que alivie os sintomas e fortaleça o sistema imunológico. É recomendado que a pessoa infectada faça repouso, mantenha-se bem hidratada e, de preferência, fique isolada para evitar a disseminação do vírus. Fortalecer o sistema imunológico por meio de uma alimentação saudável e descanso e sono adequados também ajuda o corpo a combater a infecção”, explica Dr Alexandre Calandrini.
Quant͏o aos͏ medi͏camen͏tos, ͏é imp͏ortan͏te re͏ceber͏ orie͏ntaçã͏o méd͏ica, ͏que p͏rescr͏everá͏ segu͏ndo o͏s sin͏tomas͏ apre͏senta͏dos. ͏O pro͏fissi͏onal ͏pode ͏recei͏tar d͏escon͏gesti͏onant͏es (q͏ue aj͏udam ͏a des͏obstr͏uir a͏s via͏s nas͏ais),͏ anal͏gésic͏os e ͏anti-͏infla͏matór͏ios (͏para ͏alívi͏o das͏ dore͏s e f͏ebre)͏, bem͏ como͏ hidr͏ataçã͏o, qu͏e con͏tribu͏i par͏a red͏uzir ͏o des͏confo͏rto c͏ausad͏o pel͏a doe͏nça.
Por isso, os modos de prevenção estão relacionados a higiene constante das mãos com sabão ou álcool em gel; cobrir a boca e o nariz com papel ao tossir ou espirrar; limpar superfícies e objetos compartilhados; evitar locais com aglomeração e fechados e evitar o contato com pessoas infectadas. Uma boa forma de prevenção é o fortalecimento do sistema imunológico. Manter-se hidratado, bebendo ao menos dois litros de água por dia, melhora o metabolismo e circulação sanguínea. Expor-se ao sol sem protetor solar por 15 a 20 minutos diários, até às 10h ou após as 16h, para potencializar a produção de vitamina D que ajuda na saúde óssea e imunológica. Incluir frutas ricas em vitamina C, vegetais escuros e alimentos com ômega 3, como peixes, mantém o corpo equilibrado. Evitar alimentos industrializados e optar por marmitas caseiras é crucial. Praticar exercícios físicos por 30 minutos diários, como caminhada ou agachamentos, aumenta a imunidade, reduz o estresse e melhora a disposição, contribuindo para um melhor bem-estar e funcionamento do organismo.
No início de maio, a Fiocruz, pelo Boletim “Infogripe”, alertou o aumento de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em função dos vírus influenza, do vírus sincicial respiratório (VSR) e do rinovírus. Considerando os casos positivos de vírus respiratórios, 10,7% das pessoas estavam com covid-19, 23,4% com influenza A ou B, e 57,8% com vírus sincicial respiratório, associado à bronquiolite.