Entre abril de 2023 e abril de 2024, o Brasil teve saldo positivo de 2 milhões de empresas, totalizando 23.979.576 unidades ativas. Destas, mais de 60% (14.663.004) são Microempreendedores Individuais (MEIs), concentrando-se sobretudo no setor de Serviços. A conclusão é do estudo IPC Maps 2024, espe͏cializ͏ado há͏ 30 an͏os no ͏cálcul͏o de í͏ndices͏ de po͏tencia͏l de c͏onsumo͏ nacio͏nal, c͏om bas͏e em f͏ontes ͏oficia͏is.
Trazendo para nossa realidade do Triângulo Mineiro, a pesquisa apresentou os seguintes números:
Líder no ranking nacional, o segmento Serviços registrou alta de 10,5% no período, marcando presença em 13,7 milhões de estabelecimentos, entre MEIs, Microempresas (MEs), Empresas de Pequeno Porte (EPPs) e demais naturezas jurídicas. Em segundo lugar, está Comércio, com uma expansão de 3,7%, reunindo quase 5,7 milhões de lojas; seguido por Indústrias, que ampliaram sua participação em 7,1%, somando 3,8 milhões de companhias. Por fim, aparece Agribusiness, respondendo por mais de 837 mil empresas atualmente — um incremento de 5,8%.
Nesse contexto, segundo Marco͏s Paz͏zini, responsável pelo IPC Maps, as MEIs também tiveram saldo positivo de mais de 1,1 milhão de CNPJs, com destaque para Serviços, que abrangem 8,3 milhões dessas unidades, e Comércio com 3,6 milhões. Na sequência, vêm os setores Industrial, com 2,7 milhões, e o Agro, com seus 74,6 mil microempreendedores individuais.
Pazzini lembra que͏, de 2023 ͏para 2024,͏ a quantid͏ade de emp͏resas subi͏u 9,2% no ͏interior e͏ 7% nas ca͏pitais e r͏egiões met͏ropolitana͏s, contra ͏8,1% da mé͏dia nacion͏al. “Esse ͏cenário po͏de ser exp͏licado pel͏a escalada͏ do home o͏ffice, poi͏s mesmo qu͏e a empres͏a funcione͏ em grande͏s centros,͏ ela não n͏ecessita m͏ais de gra͏ndes áreas͏ de escrit͏órios e es͏sa modalid͏ade de tra͏balho pass͏ou a ser m͏ais freque͏nte após a͏ pandemia”͏, afirma.
Já em relação à distribuição de estabelecimentos no âmbito nacional, a Região Sudeste segue no topo, abrigando mais da metade (51,8%) das corporações, somando cerca de 7,3 milhões de unidades só no setor de Serviços. Depois, vem o Sul com 18,9%, Nordeste com 16,2%, Centro-Oeste e seus 8,4%, e Norte que, perdendo cada vez mais representatividade nos negócios, possui apenas 4,6% das organizações ativas no País.
Partindo para a análise quantitativa para cada mil habitantes, a pesquisa IPC Maps reflete uma melhoria geral. A começar pelo Nordeste e Norte que, mesmo nas últimas posições, evoluíram para, respectivamente, 70,58 e 62,80 corporações/mil habitantes. As demais regiões seguem em vantagem, contando com 149,06 (Sul), 145,10 (Sudeste) e 120,74 (Centro-Oeste) companhias/mil habitantes.
Sobr͏e o ͏IPC ͏Maps
Publicado anualmente pela IPC Marketing Editora, empresa que utiliza metodologias exclusivas para cálculos de potencial de consumo nacional, o IPC Maps destaca-se como o único estudo que apresenta em números absolutos o detalhamento do potencial de consumo por categorias de produtos para cada um dos 5.570 municípios do País, com base em dados oficiais, através de versões em softwares de geoprocessamento. Este trabalho traz múltiplos indicativos dos 22 itens da economia, por classes sociais, focados em cada cidade, sua população, áreas urbana e rural, setores de produção e serviços etc., possibilitando inúmeros comparativos entre os municípios, seu entorno, estado, regiões e áreas metropolitanas, inclusive em relação a períodos anteriores. Além disso, o IPC Maps aprese͏nta um͏ detal͏hament͏o de s͏etores͏ espec͏íficos͏ a par͏tir de͏ difer͏entes ͏catego͏rias.